Quanto tempo você tem para as pessoas?

Nesse texto você vai aprender como passar mais tempo cuidando do importante versus o urgente.

“Primeiro, o mais importante” é o 3º hábito das pessoas altamente eficazes segundo Stephen Covey. 

Recentemente, escutei de uma cliente o seguinte comentário quando lhe perguntei sobre um Líder que admira: “Ele sempre tem tempo para as pessoas”.

O 3º hábito está relacionado à gestão de tempo. A dica de Stephen Covey é cuidar de sua agenda para que o tempo para se relacionar com as pessoas esteja sempre lá.

A interação com outra pessoa que faz crescer tanto quem fala quanto quem escuta é aquela que vai além da troca de informação.

Explico.

Nossas conversas tendem a ser na base do “pergunta e resposta”, como se fosse uma transação. Perguntamos o que já sabemos que queremos escutar. Limitamos a responder o que nos foi perguntado.

Nesse caso, a comunicação é “commodity”. Não há diferenciação. Conversar com aquela pessoa ou outra dá no mesmo! A fonte de informação é facilmente substituível.

Há um segundo nível de conversa em que nos aprofundamos além da troca de informação. Queremos influenciar o outro com um ponto de vista, uma idéia, uma escolha, uma decisão. E dependendo se é você quem fala ou escuta, você é quem influencia ou é influenciado.

Neste nível de conversa, a troca é de poder porque seu desfecho mostra claramente quem conduz e quem é conduzido.

Quando há pouca confiança entre as partes, a influência ganha tons de manipulação. Quando há confiança suficiente, a influência toma forma de liderança.

O terceiro e mais profundo nível de conversa que podemos ter com outra pessoa é aquela em que seu resultado é desconhecido. Seu motor é a curiosidade; sua motivação, a descoberta.

Perguntamos sem sabermos o que vamos escutar de volta. A escuta está cheia de empatia, combustível para outra pessoa falar o que está debaixo do ordinário, do corriqueiro, o que nem ela mesmo percebia como importante.

Como não há um “script” pré-definido, a conversa evolui para conclusões dificilmente imaginadas, inéditas. Isso é o que as torna únicas, especiais, transformadoras.

Não há um perguntando e outro respondendo, muito menos um influenciando e outro sendo influenciado. A relação é de iguais. A criação é conjunta.

Se é neste nível de conversa que moram as soluções inovadoras, as possibilidades desconhecidas, e as interações são movidas à confiança, quanto tempo você quer dispor para elas?

Se a sua responsabilidade enquanto líder é trazer o melhor das pessoas à tona e engajá-las para a realização de um objetivo maior, que tipos de conversa você quer ter com elas?

Somente aquelas para obter uma informação?

Ou outras para convencê-las de uma decisão?

Ou principalmente aquelas para destravar seu potencial de criação?

Escolha primeiro o mais importante.