Como bons esportistas, eu, surfista, meu sócio, ciclista, estamos sempre interessados em elevar nossa performance.
A maturidade já nos ensinou que a verdadeira competição é interna e não externa. Mais do que títulos, pódios, aplausos, o que buscamos é aquela realização de superação, de se bater uma meta, tendo a clara percepção do que se evoluiu para chegar lá.
E se a motivação é alta para descobrir o que faz a diferença no mar ou nas pistas, ela é maior ainda para desvendar os caminhos da alta performance no trabalho.
É esse o objetivo deste texto: apresentar nossa visão de como acessar o seu potencial para alta performance.
É do mundo dos esportes que obtivemos uma equação para sustentar a nossa explicação.
Performance é igual a potencial menos interferência.
Timothy Gallwey é o autor dessa equação, resultado da metodologia de Excelência no Desempenho que desenvolveu nas quadras de tênis e se popularizou no mundo corporativo através da sua obra “O Jogo Interior do Tênis”.
Considere que cada um de nós nasce com um potencial para desempenhar qualquer atividade. Aqui nos referimos à habilidade nata para aprender. Ela se manifesta em seu grau máximo na infância.
Exemplo: Pare e pense como um bebê começa a andar.
À medida que crescemos, essa habilidade nata vai se enferrujando por interferências externas, vindas do ambiente a que pertencemos. Entenda essas interferências como tudo aquilo que tira o seu foco do desempenho da atividade em questão.
Exemplo: “Presta atenção! Você agora está sem rodinhas! Se parar de pedalar, vai cair” (fala de um pai “tentando” ajudar – ou será que interferindo – um filho que está aprendendo a andar de bicicleta).
Com o tempo, o julgamento que era externo passa também a ser interno. Podemos nos transformar em críticos ferozes do próprio desempenho.
Somos potencial e interferência ao mesmo tempo.
Nossa performance passa a ser o resultado do uso do nosso potencial, descontadas as interferências.
Se você já leu “O Jogo Interior do Tênis”, estamos nos referindo ao Ser 1 e Ser 2.
Como maximizar a equação de Performance?
Voltaremos a essa pergunta mais adiante no texto.
Como nosso foco é Alta Performance no trabalho, precisamos definir como mensurá-la.
Alta Performance = Resultado + Aprendizado + Realização
Um trabalho de Alta Performance será aquele que produz Resultado, gera Aprendizado para melhores resultados no futuro e é fonte de Realização pessoal.
Pode-se observar Alta Performance mesmo quando os três elementos não estão presentes?
Sem dúvida! O mundo corporativo está cheio de exemplos de Alta Performance em Resultados.
Para produzir Alta Performance em Resultado, Aprendizado e Realização, é necessário acessar o seu potencial, com o mínimo de interferência.
Para isso, você precisa de Foco! Ou como ensina Timothy Gallwey, concentração relaxada!
Na quadra de tênis, sua recomendação era prestar atenção em um elemento que minimizasse a sua distração, que calasse a voz interna do julgamento. Por exemplo, a costura da bola, no momento do saque, serve a esse propósito.
E no escritório, no home office, como ter esse FOCO?
Tudo começa com a pergunta: O QUE VOCÊ QUER?
Essa pode parecer uma pergunta simples, mas nela mora a fonte de sua motivação, o que realmente importa para você, e consequentemente, o que você quer conquistar.
Motivação, interesse e escolha são meios para se ter FOCO. Esse é o elemento-chave para você conseguir acessar o seu potencial.
Apoiando profissionais de alto potencial ao longo de nossas carreiras corporativas e a frente da Gema-TW nos últimos 5 anos, sabemos a relevância das ferramentas de análise comportamental para gerar autoconhecimento para maximizar desempenho.
Informações sobre nossos principais motivadores e interesses estão facilmente acessíveis em ferramentas de análise comportamental que podem acelerar a resposta da pergunta “o que você quer?”
A consciência dos seus motivadores, aquilo que é importante para você, seja status, reconhecimento, retorno financeiro, qualidade de vida ou crescimento intelectual, é fonte de energia realizadora, que o colocará em movimento naturalmente e gerará FOCO para acessar o seu potencial.
Em um processo de desenvolvimento de Liderança, somos nós que fazemos a pergunta à empresa contratante ou ao executivo, se é ele(a) que nos contrata.
De sua resposta, extraímos o resultado futuro que se quer construir. Calibramos o ponto B para o qual o(a) executivo(a) quer caminhar, criando consciência sobre o ponto A em que ele(a) se encontra.
Mapear, portanto, o seu perfil comportamental é essencial para que o trajeto de A para B seja feito da forma mais eficiente, aquele que lhe é mais natural. Isso mesmo!
O sucesso de cada um de nós está no natural!
Se seu estilo de trabalho é de conciliação, aperfeiçoe-se cada vez mais na escuta ativa.
Se seu estilo de trabalho é de condução enérgica, lidando com conflitos sem pestanejar, seja cada vez mais assertivo (bem diferente de agressivo!)
Nosso potencial para excelência está naquilo que já fazemos com facilidade. A natureza é sábia!
Mas, para extrairmos o melhor do nosso estilo comportamental, precisamos de Inteligência Emocional.
A habilidade de reconhecer e administrar as próprias emoções e as emoções dos outros para relacionamentos mutuamente benéficos, acrescida da habilidade de automotivação, é o que está no cerne da Inteligência Emocional.
Portanto, conhecer os seus motivadores, o seu nível de Inteligência Emocional, seu estilo comportamental é ter clareza das principais variáveis que vão determinar a sua performance no trabalho.
Voltando a equação da performance,
as interferências no seu desempenho vão acontecer nos motivadores, na falta de inteligência emocional e na manifestação (inadequada) do seu estilo comportamental.
Explicamos.
Se você é sensível a uso eficiente de recursos, o início de um projeto sem orçamento definido será fonte de estresse para você.
Se um comentário negativo sobre a aparência da apresentação que levou para a reunião mensal de resultados é levado para o lado pessoal, sua contribuição durante a reunião pode ficar comprometida se é baixa sua consciência emocional.
Sua eloquência pode descambar para excesso de autopromoção por falta de autoregulação emocional.
Como dito anteriormente, somos “potencial e interferência” na mesma pessoa.
FOCO é a palavra-chave para maximizarmos a equação de performance.
“O que queremos? Onde queremos chegar? O que queremos conquistar?” são perguntas capazes de nos colocar no eixo novamente, nos devolverem acesso imediato ao nosso potencial.
Dessa forma, o desempenho de qualquer atividade será sempre uma oportunidade de gerar resultado, de absorver mais aprendizado, de manifestar suas características únicas.
A falta de consciência sobre o que se quer, a permanência em um modo automático no desempenho das próprias atividades podem também ser fonte significativa de estresse, descontentamento, aumentando consideravelmente as interferências a ponto de neutralizar o próprio potencial.
A baixa performance pode em alguns casos se transformar em doença, em um processo de somatização. Emoções também nos fazem adoecer. Que não nos deixe mentir a pandemia!
Buscamos representar no diagrama abaixo o que acabamos de explicar nos parágrafos anteriores.
Não é preciso dizer que nossa principal motivação é por maximizar Performance.
Aliás isso está na gênese da nossa empresa:
“Ao longo de nossas carreiras corporativas passaram por nós profissionais que eram tidos como sucesso certo, mas que por alguma razão simplesmente não chegaram lá”.
No mar, nas pistas ou no trabalho, alta performance para a Gema-TW é sinônimo de RESULTADO, APRENDIZADO e REALIZAÇÃO.
O que ainda é interferência na sua performance?
O que você desconhece do seu potencial?
Que potencial seu está deixando de “ir para rua” para gerar resultado e realização?
Que aprendizado está lhe faltando para seu desempenho ser fonte de realização?
Há duas vozes internas que poderão lhe ajudar com essas respostas. A do Potencial e a da Interferência.
Se for a do Potencial, conte com a Gema-TW para amplificá-la.